Escrevendo o não dramático

Falar de uma dramaturgia não dramática é falar de uma escrita teatral que promove à página as linguagens da cena: luz, som, corpo, cenário, etc. É falar de uma escrita que mobiliza não a ação contínua motivada pelo que há de psicológico na personagem, mas pelas potências expressivas da dança, do canto, da música, da pantomima, da iluminação, do vídeo, das artes plásticas, da performance… Tudo isso não para contar histórias ou re-presentar um mundo, mas para criar efeitos de verdade numa a-presentação de mundo que mora e morre [?] na cena. A oficina "Escrevendo o não dramático" explora os pressupostos e procedimentos dessa escrita teatral. Com exemplos de textos brasileiros e estrangeiros, modernos e contemporâneos, a oficina encaminha as participantes a experimentarem uma escrita teatral ‘desdramatizada’. Escrita que valoriza, no lugar da ficção, o metateatro; no lugar do conflito, a variação e o contraste; no lugar da personagem, a performer; no lugar da dramaturga como contadora de histórias, a dramaturga como encenadora conceitual; no lugar da palavra como gênese de um mundo fictício, a palavra como veículo de outras linguagens: a palavra-som, palavra-luz, palavra-cenário, palavra-dança, etc. A oficina é ministrada por Caetano Barsoteli, escritor, ator, tradutor e educador. Autor da peça "Mesa para um" (2023; Editora Patuá), coautor de "Direito de [r]existir" (2022; Artefato Edições), e membro do núcleo de dramaturgia Página 11.

IMPORTANTE: NO DIA DA OFICINA, LEVAR NOTEBBOK OU CANETA E CADERNO PARA AS ATIVIDADES PRÁTICAS.